A majestade da lua

Banhava a lua com seu olhar esparramado
Toda a extensão da rua
Com seu jeito iluminado.
Translúcida e bela passeia sua luz
Por sobre a cadela e quase que a seduz.
Altaneira, esplendorosa
Beija a rosa cor de rosa
As folhas verdes, espinhos
E amorosa lhe faz, um terno carinho
Na molhada grama deita seu luar
E encanta os bichos
Que estavam a dormitar.
E vai ainda orgulhosa
Em um mergulho no rio
Do seu jeito poderosa
E tremem os peixes de frio.
As estrelas invejosas
Do seu brilho ofuscante
Tentam expelir mais que ela
Os raios que saem errantes.
As nuvens cheias de graça
Tentam esconder sua beleza
Mas, para sua desgraça a lua virou a mesa
E virou o coração
Do jovem apaixonado
E fez o velho carvalho
Curvar-se envergonhado
E fez sorrir o doente
O cão, o louco contente
Queria alcançala com a mão
E deu com esta no dente
E a lua sorridente
Escondeu-se para gargalhar
E logo voltou tão linda
Mais bela que antes a brilhar.
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 07/12/2008
Reeditado em 14/12/2008
Código do texto: T1323154
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