Esperança
O momento passou e ele não entendeu
o dia clareou, mas ele já havia partido.
E ela sentiu a ausência, cintilar pelo ar
não do que não teve, de um outro amar.
O que foi de verdade, ele não entendia,
preferiu partir a compartilhar o que havia.
Ignorou os apelos ansiosos do olhar dela,
sem explicar, ignorou suas quimeras.
E ela ficou ali, parada, buscando auxílio,
a ajuda veio, mas não em forma de sorriso,
foi uma brisa leve que passou soturna.
Deixou no peito terna doçura, de crença
no amigo benquisto, na certeza do carinho
e no tempo, que há de acertar os caminhos.