Encontro

Se encontrassem as palavras certas,

seriam assim mesmo, erradas.

Esse desatino que me contém

respira saudade!

Inspira esse mar desconhecido.

Essas fases da lua

trazem consigo alguém

que perco

Foge, covarde.

Fica a insaturação.

Meus olhos trazem por si sua fome: a solidão.

Calam-se as bocas e essas palavras, místicas

Quem de nós diria que nada.

Seus cabelos escondem seus cabos

Se um dia aparecessem

estariam em curto

estariam em colisão.

As filosofias, as sócios, as mães, a pressão

Adiante, aquele menino,

um barbante e uma inocência amarrada na corda

Armadilha escondida e as vias do seu coração.

Grande valia se vê, se não vê, e valia.

Marias, suas putas!

Tão breves seriam se pudessem dizer que não.

Como se vive o amor se não assiste contra ou vérsia?

Se conhece a ilusão?

Rimas tardias, precoces, ritmo fora, acato, frio, ah!

E essa superficialização?

Minhas palavras não destacam a vida,

não explicam e não admitem teoria.

De tão breve que sou

me dou o direito de olhar, me tiro o direito de ser.

Essa matéria incomoda

E se encontrassem a palavra certa,

Ah...eu pediria perdão.

Olívia Campos
Enviado por Olívia Campos em 08/12/2008
Reeditado em 01/08/2014
Código do texto: T1325608
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