Atrás da Palavra Perdida...

Fecho os olhos e não durmo

se durmo já não sonho

Quando acordo não enxergo

as coisas como espero

Não encontro o encanto que preciso

Procuro em mim asas pra valer o voar do meu destino

Nessa misera ânsia entro em conflito, saio...

Angario a passos sorrateiros olhares que me tragam atino

Pedem enquanto imploro

Fantasiam enquanto reflito

Sorriem e eu choro

Amam clamam, finjo fujo

Vôo ao encontro de pessoas boas e podres...

Enquanto plenas divago

Quando falam me calo

Se me gritam não respondo

me beijam e não disfarço

Quando é Fevereiro eu quero Março

Se de mim se desfazem eu as abraço...

Rogam pragas e eu bendigo

O que ressuscitam eu aniquilo

Se misturam eu depuro

E no infinito dos meus rumores

deixo beijos e abraços...

Orlando Miranda
Enviado por Orlando Miranda em 02/04/2006
Reeditado em 02/04/2006
Código do texto: T132634