LÁGRIMA DE MULHER

LÁGRIMA DE MULHER

Era uma lágrima morna.

Uma lágrima cristalina.

Uma lágrima sofrida.

Destilada dos sentimentos mais profundos, existentes no âmago feminino.

Não era uma lágrima volúvel.

Não era como a lágrima de uma criança cor dor, com mimo, com medo.

Era uma lágrima de mulher.

Solitária, triste, doída.

Mas também, era uma lágrima mágica.

Uma lágrima capaz de provocar reações contraditórias no coração masculino.

A reação de cumplicidade, que instiga o homem a secá-la com um beijo ardente.

E a reação animal, do macho ávido de paixão. Paixão insensata,

que culmina no desejo incontrolável de possuir a dona dessa

lágrima.

Uma lágrima sofrida, mas também muito excitante...

Gilberto Feliciano de Oliveira
Enviado por Gilberto Feliciano de Oliveira em 02/04/2006
Código do texto: T132636