VERMES

Vermes

Quais os deuses olharão pra te!

Cidade nua.

Cidade suja.

Cidade onde o coiote passeia livre.

Cidade minha...

Só a mim, eis plena.

Vejo-te vendida,

E teus pais, criança,

Vende-te pro tão pouco.

Mas de tudo...

De tudo!

Até desse abismo onde minha consciência

E tuas palavras pode se chocar.

Até desse infortuno que os céus

Descarregue sobre o homem.

Até pela dor que os homens, como animal,

Causam no absurdo de suas ignorâncias.

De tudo o pior, são os vermes!

São os vermes, que como pragas

Estão em todas as partes.

Comissionados, são estes vermes.

São os vermes que estupra a moral,

Como imorais são festejados.

E estão nos bares.

São os vermes, que silenciosamente conrrope

O bom que está da cidade ainda dá.

São os vermes, que como mofo

Estão pelas paredes dos quatro cantos da cidade.

São vermes com nomes em ruas,

E sobrenomes nos calendários dos anos

Quase sempre iguais.

São vermes... Cobras!

Que está há espera.

Findai-vos, malditos!

Está cidade é minha.

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 09/12/2008
Código do texto: T1326712
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