Por quem choram as rosas



Por um eu
Sem beijos que me cubram
Braços que me aqueçam
Olhares que me descubram

Por um tu
Qual profundo vale
Despido de flor que valha
Um beijo, sujo, canalha

Por um ele
Um moribundo
Vagando já sem razão
Um morto, no morto mundo

Por um nós
Tão solitário
Nesta multidão de nós
E bilhões, todos a sós

Por um vós
Protesto mudo
Quem vos deveria ouvir
Faz-se convenientemente surdo

Por eles
Cada um deles
Se rosa ninguém lhes deu
Espinhos, poucos e secos...
E quem mais chorou fui eu.

kiko dos santos
Enviado por kiko dos santos em 12/12/2008
Reeditado em 01/03/2011
Código do texto: T1331660
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