Impintável



Esgotei minhas canetas
Vermelhas, azuis e pretas
Tentando por no papel
Algo igual ao céu
Desisti mas vou tentar
Algo parecido como mar
Impossível concluir
Confesso a vocês aqui
Nem de longe dá para comparar
Ao que estou a contemplar
Céu e mar se confundindo
Doce aquarela surgindo
E no horizonte montanha
Fala da força tamanha
Do povo viril, bronzeado
De coração preparado
Que cresce, que planta a paz
E eu me vejo incapaz...
Não dá... minha iguaba
Porquanto você é demais
E eu sou só um a mais
Pintando com as canetas
Vermelhas, azuis e pretas
Tentando por no papel
A magia do seu céu
De azul anil profundo
Lugar mais belo do mundo
De mães e filhos felizes
De homem criando raízes
Vivendo o presente
Olhando o futuro...
Eu rabisquei povo maduro
imaginei terra feliz
Não concluí o que fiz
Não pûde nas muitas cores
Expressar os teus odores
De teus filhos, os valores
De seus campos abrindo em flores
Da terra mil sabores
Porquanto sou só menino
Quando muito rapaz
Pintando com as canetas
Vermelhas, azuis e pretas
Tentando por no papel
a doçura do seu céu
Suas águas suaves qual mel
Fertilizando as almas
Seu luar nas noites calmas
E a alvorada cochichando
De um novo amanhã raiando
Esfusiante, dourado...
O dia por ti sonhado
O qual pintar eu tentei
E esgotei minhas canetas
Vermelhas, azuis e pretas
Tentando por no papel
Iguaba Grande como céu
Por mais que eu seja sensível
Tal beleza, pintar...Impossível;
Eu tentei, não consegui.






kiko dos santos
Enviado por kiko dos santos em 12/12/2008
Reeditado em 01/03/2011
Código do texto: T1331751
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