Não há nada

O escândalo da lua em chamas

Incendiou o céu já morto

Nas águas geladas das profundezas litorâneas

A verdade na verdade ficou ali

O deserto da pureza

Arranhou a cegueira do meu amor

Inexpressível é o teu rancor

Sem dor, sem razão, não tem cor

Vá embora agora, corra!

Não há nada

A loucura sentou num canto e chorou

O desprezo do juízo a magoou

O calor da frieza dos teus olhos quase me matou

Morri de tédio

É triste a indecisão do teu afeto

É um tapa, um berro, um beijo e sexo

Luyzla Garrido
Enviado por Luyzla Garrido em 04/04/2006
Reeditado em 04/04/2006
Código do texto: T133624