Vidraça

Seu fraco reflexo espatifou a vidraça dos meus olhos

Os cacos remendados fingiram fugir desesperados

A falsidade é tamanha

Que eu até perdou a tua discrepância

Por quê é inocente o teu remorso

É comovente a riqueza da mágoa

Como é água o que eu choro

Como é frouxo o meu ódio

A lembrança que realmente foi só uma lembrança

Ficou no pântano salgado do teu retalhado amor

Minha força petrificou a carapaça da saudade

Como é dura

Como é burra a tua indiferença

Exalava assim o cheiro das rosas nas vísceras da solidão

Luyzla Garrido
Enviado por Luyzla Garrido em 04/04/2006
Reeditado em 04/04/2006
Código do texto: T133648