Vidraça
Seu fraco reflexo espatifou a vidraça dos meus olhos
Os cacos remendados fingiram fugir desesperados
A falsidade é tamanha
Que eu até perdou a tua discrepância
Por quê é inocente o teu remorso
É comovente a riqueza da mágoa
Como é água o que eu choro
Como é frouxo o meu ódio
A lembrança que realmente foi só uma lembrança
Ficou no pântano salgado do teu retalhado amor
Minha força petrificou a carapaça da saudade
Como é dura
Como é burra a tua indiferença
Exalava assim o cheiro das rosas nas vísceras da solidão