ERAS

Eras

Tempo... Relva... Planta, Auroras, Mar. De mim que esperas? ...Rodas. encarnatórias, um repetir de eventos, reencontros...Levada por mercador de sedas,que menina venerava. Eras, a buscar deste tempo Respostas, encontro-as

Relva... Campos cobertos Eras, relva. Saltitar de passo em passo... Flores, eras, relva e mofo. Descortinado o palco, exibição, espetáculo... recordar Vidas, relvas, eras do tempo, revividas em meu Sansara.

Planta que semente foi, árvore, vida, hera, tempo revela era, altera auroras e eras. Adivinhava futuro, discursos eras. Livre arbítrio tivera, beleza... tivera sempre, e mal fizeste dela. Bela, eras! em outras eras.

Marejar em emoções constantes, é a sina do poeta, que todos os dias desintegra e reintegra, incólume um reviver de eras. Guardiões de todos os tempos, amigos em todas as eras. Imensurável espiral que desenrola o transitório, o mutante, o inconfessável.

Mofo... odor, sentido, nesta era transmutado, ser fragrância, ser Cristo vivente, legado desta era, ser rosas sem ter espinho, ser consolo consolado, reconhecer ter sido hera, em muro pintado...Ser relva, alívio e frescor... Grata, querido mestre, de mim véu retirado.

À Saint Germain

Deth Haak

22/11/2004

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 27/04/2005
Código do texto: T13383