Ciranda do Tempo

Meus versos são como folhas que ao vento balançam

do outono que se finda numa tarde ensolarada.

De tanto açoitadas não resistem – ao solo se lançam

mas guardam ainda do que foi sua forma estampada.

O tempo não passa – mas nós sim passamos !

Então recuo, volto no tempo e busco minhas lembranças.

Estão lá todas as memórias, todos os momentos vividos.

Vejo tudo que vivi, mas mudar o que foi – isso não posso!

O tempo não passa, não anda – mas nós sim, nós passamos

em viagens infinitas, por estradas que séculos atravessam.

Não tenho mais pressa, o importante é saborear o momento.

Correr atrás do tempo é ilusão e ao buscá-lo perdemo-lo.

Sei que todo caminho nos leva a novas e intrigantes paragens.

Assim é a ciranda do tempo a nos impulsionar em direção

a novos horizontes por estradas sinalizadas com mensagens

nos alertando sobre o que nos aguarda nas próximas estações.