Paulo e João

João enterrou Paulo.

Eram amigos e tinham uma banda.

Andavam por campos de morangos

de tão infinita doçura.

Foram amigos

antes de uma Dinamene

de outros orientes;

do sol nascente.

Como Helena,

a destruição vem

dos botões sorridentes

e úmidos.

De carreiras e história,

não mais se vê.

O sonho acaba

junto à dinâmica da natureza.

João matou Paulo,

porque Jorge não dormiu

e porque o estrelado percussionista

se esqueceu de chamar

pelos besouros ensandecidos.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 18/12/2008
Código do texto: T1341719
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.