Punhais da saudade

A voz do silêncio

Ecoou pela noite

Trazendo um alento

P’ra alma indormida...

No lombo do vento

Um sonho reiúno

Encheu de quimeras

Um resto de vida.

Talvez esta sina

De alongar esperas

Num rancho florido

Solito no catre...

Cravada no peito

É punhal de saudade

Madrugando invernos

Na hora do mate.

Quem sabe, hoje cedo

Ganhe o corredor

Campeando um amor

P’ra florir o caminho...

E enfeitar o rancho

No fundo do campo

Pois ninguém foi feito

P’ra viver sozinho...