Onde estão os tico-ticos?

Até quando a vida correrá solta? Saciados

Não há permuta, tão pouco pergunta...

São os recursos consumidos até a exaustão

Posso dizer com certeza: Não acreditem em sorte!

Vida é vida! Morte é morte!

Continuará, assim restringida, nave serva, água pão?

Sim, é na inocência de uma estabelecida viciação.

Catam ventos coloridos, pirulitos, monólitos

É que estamos fadados ao fim deste ciclo

Lágrimas quentes escorrem pela cambacica

Pelo sabiá, sanhaço, alma de gato, azulão.

É que estou a pressentir a despedida

Daqueles, aos quais, quis estender mãos e vida.

Gerânios! Tragam-me, por instantes, sua imensidão!

Neste jardim que almeja perpetuar-se