Amo-te

Amo-te porque és vida, vinho e lilás, és sonho.

Cintilante beija flor és tu adocicado néctar.

Amo-te porque sabes milagrar tempestades em sininhos de alerta. Aperta-me ver-te lágrima de cristal.

Compreendidas serão tuas letras, nestes instantes

Doravante os visgos que escondem o belo e singelo?

Ninguém confia senão em si tantas foram as hipocrisias,

Tantas foram as inconveniências.

Mas, são de pétalas que amanhecem os dias neste jardim

Suave dor, breve alegria.

Sabedores do por do sol, tua luz permanece arrebol

Como a chama destes versos, contra/atuais.

Hoje sobra-nos a consciência de que somos poucos os sensíveis

A pressentir a queda,

o esmagar de tudo aquilo que mais amamos e odiamos

Tornar-se-ão húmus de nossas imperfeições.

Poderão vir a ser recomeço às novas flores

Se a água e sol, no dia seguinte, forem.

para Michael...