O Destino

Esse tal de destino,

E seus sinistros corredores

Que escondem a luz, e lá

Bem ao fundo, toca um sino

Às vezes canso de procurar,

Sigo de leve o som

Deve ser a solução?

Se ao menos houvesse o luar.

São só pequeníssimas passagens,

Tortuosas e infinitas, medonhas!

Consumindo toda a luz, que ali ousa estar

Parece aquele som ser vertigem.

Faz-se completamente metafísico,

Aquilo que é inerente ao homem,

Faço uma escolha, que parece levar ao som,

e encontro luz.

Fico cego de tanto enxergar,

Se ao menos houvesse uma sobra,

Porém, continua a existir o som,

Luz e som numa manobra horripilante.

O sino se transforma numa algazarra,

E está por todos os lados,

Qual direção a de se seguir?

Agora, parece não haver solução.

Passo a frente, tudo volta ao normal,

Não aquilo que era outrora,

E sim, uma situação diferente,

Tudo parece ser tão bom, quanto mau.

Não aparentam agora serem muitos,

Caminhos se dividem em certo e errado

Silencio e calor, luz e aromas,

Agora, só é preciso escolhê-los.

E, diante de fardo de ser,

Cansado de emoções,

Paro, e pergunto:

- Alguém quer vir comigo?

Talvez seja egoísmo,

Mas, cada qual com sua poesia,

E, se a resposta for positiva,

Encontramo-nos no caminho!

rssantos
Enviado por rssantos em 29/12/2008
Reeditado em 15/08/2009
Código do texto: T1358241