O Destino
Esse tal de destino,
E seus sinistros corredores
Que escondem a luz, e lá
Bem ao fundo, toca um sino
Às vezes canso de procurar,
Sigo de leve o som
Deve ser a solução?
Se ao menos houvesse o luar.
São só pequeníssimas passagens,
Tortuosas e infinitas, medonhas!
Consumindo toda a luz, que ali ousa estar
Parece aquele som ser vertigem.
Faz-se completamente metafísico,
Aquilo que é inerente ao homem,
Faço uma escolha, que parece levar ao som,
e encontro luz.
Fico cego de tanto enxergar,
Se ao menos houvesse uma sobra,
Porém, continua a existir o som,
Luz e som numa manobra horripilante.
O sino se transforma numa algazarra,
E está por todos os lados,
Qual direção a de se seguir?
Agora, parece não haver solução.
Passo a frente, tudo volta ao normal,
Não aquilo que era outrora,
E sim, uma situação diferente,
Tudo parece ser tão bom, quanto mau.
Não aparentam agora serem muitos,
Caminhos se dividem em certo e errado
Silencio e calor, luz e aromas,
Agora, só é preciso escolhê-los.
E, diante de fardo de ser,
Cansado de emoções,
Paro, e pergunto:
- Alguém quer vir comigo?
Talvez seja egoísmo,
Mas, cada qual com sua poesia,
E, se a resposta for positiva,
Encontramo-nos no caminho!