Sobre a morte

Geleira de um tempo corrompido

tu espreitas as delongas do mistério

daqueles que sorriem perante o nada

e comprazem-se em morrer aos poucos

Teus sinais já não são segredos,

porém, muitos te ingnoram ostensivamente,

como se assim pudessem fugir-te,

subrair-se de tua versátil roupagem

Infalíveis, teus espasmos atacam

vidas já ceifadas de esperanças

e levam contigo sonhos mortos,

corações mutilados, corpos ausentes.

Paola Caumo
Enviado por Paola Caumo em 08/04/2006
Reeditado em 08/04/2006
Código do texto: T135842