D e c i d i n d o . . .

Viva ou morra nas estradas que abrires!...

Seu âmago esbanjará alegria ou profundos choros tristes.

Se viveres plantando ervas que à ceifa trarão dor,

feito júbilo ao ares desejarão subires,

nutrindo esperança e se incentivo criares,

numa rajada nebulosa entre dor ou amor,

do ninho da garça ou da rosada flor,

estarás entre a morte ou o esplendor.

Morra nas gotas das lágrimas ardentes,

Viva suplicando as sagradas sementes,

que interrompa a fome e mate as serpentes.

...Um dia a cima da terra em que te deleitas,

quando, aos carinhos da lua, sobrarem colheitas,

aos beijos do sol, acabarem as desavenças,

cantarás com vaidade através das idades.

Cantarás a voz dos hinos, dos sinos,

na multidão ou só, na escuridão,

no clamor da sala, da torpe fala,

ladeado de anjos em profusão,

ou ignorado na presença do irmão.

Morra ou viva nas estradas que abrires,

mas nunca aceite desistires,

pois os caminhos perseguidos são:

a alma tenebrosa e os riscos da mão,

a certeza que melhores dias virão,

dependendo apenas da decisão...

Eber Emanoel
Enviado por Eber Emanoel em 30/12/2008
Reeditado em 28/12/2009
Código do texto: T1359738