Poesia Para Bia

Guardiã da nossa morada,

sentinela da alvorada,

um sorriso de primavera,

a tua ausência me desespera.

Os meus sonhos alimentas,

singro mares em tormentas,

o teu colo é porto seguro

onde sou belo, forte e puro.

Humilde como água nascente,

tão meiga e paciente,

a tudo e a todos tolerante,

me perdoas a todo instante.

De extremada dignidade,

a tua maior felicidade

é doar-se inteiramente,

aprendendo simplesmente.

O cálice em forma de flor,

me ofereces generosa o amor;

o néctar divino transbordante

sorvo em teu corpo ofegante.

Companheira e eterna amante,

quando de ti estou distante

as minhas noites são mais frias

por não me dares as alegrias

das tuas formas pulsantes,

em orgasmos delirantes.

Bálsamo da minh'alma ferida,

lembrança da juventude perdida,

brilho dos meus olhos serenos,

os horizontes se tornam pequenos

para os meus passos de gigante

que me levam sempre avante.

Brasília, 24 de janeiro de 2000

Humberto DF
Enviado por Humberto DF em 28/04/2005
Código do texto: T13629