ANO NOVO


Quando no dia primeiro despontam
Os primeiros raios do sol
A nos acordar e a dizer:
Estás vivo!
Sim, tu estás vivo!!!

Apesar das guerras
No oriente médio...
Apesar da violência insana
Das bebedeiras em fins-de-semana
Dos imensos riscos do acaso
Dos buracos em coração raso
Apesar do tédio
Das disputas de terras...

Apesar da fome
E do desemprego...
Apesar do teu abandono
E das noites em que perdi o sono
Das gripes e dengues que me assolaram
Das lamacentas águas que me afogaram
Apesar de cego
Escuridão que me consome...

Quando no dia primeiro me acordo
E no acordo comigo mesmo
Eu me proponho
Mudar de vida!
Emagrecer!!!

Pois se assim não for
Eu vou morrer...
De todas as dores do coração
Doenças hepáticas ou do pulmão
Gorduras toscas a me entupir
E não deixar ao teu lado sorrir
Pois sem você
Eu nada sou

Pois se assim não for
De que vale o dia...
Pois eu quero acordar ao teu lado
Sentir-me assim ser teu namorado
E andar pela rua assim descontraído
Saber que valeu ter sobrevivido
Às agruras do ano que partia
Pra no ano novo viver só de amor

Roberto Dourado
Enviado por Roberto Dourado em 02/01/2009
Código do texto: T1363628
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