Reticências de um louco

Se, fui apenas mais um louco: naquele tempo fluía eu...

Espontâneo, sem estribeiras, somente eu.

E a lagarta desprezada, enfim, agraciada, borboleta...

Porque todos os raios quando fogem vêem-se no chão?

O destino de quem escolhe, vai além, e subverte-se.

E a metamorfose tão esperada, deita-se inimiga.

A flores jogadas ao ar, valem-se únicas, ou ao primeiro

que buscar. Apesar de toda aceleração, subvertem-se.

De tudo vale um pouco, e, de nada vale um tudo.

Foge quem muda, muda quem foge. Borboleta quem casulo.

Ao que foge pensa que assim melhor se tornará.

Pois, digo-te tudo, digo ao vento, afunde-se por não pensar...

E, um dia, viverei no mundo que a reticência renunciará...

Ferdinando Rodrigues
Enviado por Ferdinando Rodrigues em 02/01/2009
Código do texto: T1364338
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