NÓS-DO-NADA
NÓS-DO-NADA
No Jardim das Rosas,
entre avermelhadas, amareladas, rosadas...
Entrei, flores das tradições culturais!
Vaguei pelo mundo dos brutos, dos currais e matadouros,
pelas terras-de-ninguém.
Cruzei ameaçadores umbrais.
Tornei-me Nada.
Eu, rosa-do-Nada,
no Jardim das Rosas,
reflorescendo em sonho duradouro;
buscando o esquecimento e abandonando o desdouro.
Ó, Jardim das Rosas, cá estou!
Em meio a tantas dores,
tornei-me nós-do-Nada.
Vivifica-me,
Jardim das Rosas!
Recorda-me tudo o que eu havia aprendido por mim.
Rogo-te pela doutrina
da linguagem mágica
das cores,
das letras,
das flores,
da beleza,
das notas musicais,
minha nobre Musa,
enfim!
Prof. Dr. Sílvio Medeiros
Campinas, é janeiro de 2009.