Ode ao ódio
Irei eu afogar-me
Em desespero e dor?
Não
Irei bradar ao Universo que o Odeio
Irei mandar exércitos de fogo
Destruírem as casas de meus inimigos
Chorarei sim...
Mas em nome do desamor tornar-me-ei
Ímpio, atroz, sem lei
Pois sem teu amor, toda tragédia humana
Parece justificável
Meus olhos penetrarão nas almas dos bons
E os corromperei
Eu, e somente eu, serei a causa de sua desgraça
Em nome de meu ódio mais profundo
Criarei rios de sangue, simplesmente,
Para satisfazer meu cinismo
Minha frustração
(sim, eu vos ouço)
Mas para os que dizem
Vos aviso
Também vocês, perecerão
Minha espada a ninguém poupará
Posto que sou motivado
Por beber a água negra do purgatório
Meu ódio e vingança andarão juntos
Implacáveis
Eu Odiarei o Universo com toda força de meu ser
Eu, e somente eu,
Tornarei o mundo um lugar pior
Serei um tumor na alma da humanidade
Que não descansará até definhá-la
Serei um parasita no sangue dos justos
Que não descansará até derrubar o hospedeiro
E depois disto
Odiarei ainda mais
Até que não haja nada
Até que toda a humanidade de meu ser
Tenha se esvaído