O choro de Deus

Os bêbados abraçam todo mundo.

Os bêbados abraçam o mundo.

Meu mundo diverso,

de faces obtusas.

Caminha o bêbado;

o mundo em seus braços.

Tremores, torpores

são beijos e abraços.

Maremotos em caldas

de gelo gentil;

da lágrima

e do beijo roubado.

O sangue, sangrado

em terras inférteis,

massifica - vulcânico -

as vidas que derretem.

E, por isso - no chão -

se caem estrelas

de caldas de mel brilhante.

São saudades dos erros,

dos segredos ou dos acertos

que se esvaem no domínio perfeito.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 09/01/2009
Código do texto: T1375512
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