Simplesmente Adeus

Não sei ao certo o que o meu peito cultua.

Não sei ao certo se abro os braços para sair a rua,

Ou se me fecho em casa e velo a dor.

Está sendo difícil para mim,

Não pensei que a tua partida fosse me ferir tanto.

Enquanto não saio dessa confusão meu peito deserto sofre,

Enquanto a minha cabeça padece.

Não há perdão,

Não há qualquer poesia,

Que neste momento me tire da escuridão.

Tu não entendeste o sentido,

Até porque, não havia motivos.

Se o meu pecado foi não ter direção,

Se foi não te dar a devida atenção...

Não há o que, nesta despedida, te pedir para voltar.

O meu mundo é puro egoísmo.

Talvez ainda tenha que aprender a ser servo de alguém,

Antes de querer ter.

Choram as flores;

Sofrem os mururés...

O rio, quão belo, sob a noite mais escura,

Sob a brisa suave, não acalenta o meu cansaço.

Pois você, dama das horas,

Foi-se sob a certeza...Nunca mais voltar.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 09/01/2009
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