VERSOS ESPONTÂNEOS
Ao entardecer,
Com a leve brisa a brincar com os teus cabelos;
Fico encantado e em silêncio,
Contemplo e memorizo,
Cada traço, cada contorno,
Do teu delicado rosto.
Tento, sem que saibas,
Mergulhar em teus olhos;
Sabia que o tom vermelho não combina com eles?
A noite aproxima-se devagar,
E diante de ti, olhando-te,
Irei compor versos espontâneos,
Únicos, que só você vai ouvir.
Eles não marcarão nenhum papel;
Eles serão representados unicamente pelas minhas palavras ditas.
Elas provavelmente ficarão marcadas em algum lugar
Do teu coração, da tua mente e da tua alma.
Só sujeita à ação do tempo.
O vento certamente levará embora meus versos espontâneos.
E ansioso, espero avidamente que eles não se percam,
Em algum canto esquecido e empoeirado
Das tuas lembranças.
12 / 02 / 2006
POESIA 1697