Queda livre

Abri minhas asas e preparei um vôo inédito.

Era diferente porque era primeira vez

que iria abrir as asas sem estar com elas.

Tudo foi intensamente nebuloso.

Caí em uma velocidade absurda!

Não, não, eu não era um simples louco.

Eu tinha asas, arrancaram-nas.

E apesar deste inconveniente ferimento,

Embarquei nesta queda inédita.

Foi minha última, e, também absurda!

Os corrompidos olhos, na queda viram

tanto que por fim cegaram-se...

Meu corpo sentiu tanto;

que por fim adormeceu.

Foi como uma aurora nebulosa...

Em seu solo, eu estranhamente feliz, respirava.

Caí absurdamente! E descobri um mundo.

Ferdinando Rodrigues
Enviado por Ferdinando Rodrigues em 12/01/2009
Código do texto: T1380028
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