Vengeance

Na larva da tua inconsistência, derreti

e não pude mais ser o mesmo corpo que antes se mantinha de pé,

cai como barro mal moldado, aguado demais.

Nos cacos quebrados de minh’alma, refleti

todo o teu conto fantástico, todo o teu realismo ficcional.

Minhas mãos ainda sangram por catar reflexos.

Para os mundos que te construi, resisti

mas, entraram em eclipse, colapso, apocalipse

e não me coube evitar o julgamento de teus atos.

Da frase escrita na cortina, “c’est La vie”,

encerrou teu último espetáculo irônico-amoroso,

me inundando de afogadas gargalhadas.

Compreendi, porque a gente mata por amor.

Caio Augusto
Enviado por Caio Augusto em 14/01/2009
Reeditado em 11/10/2009
Código do texto: T1383749
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