Paraíso da escuridão

Ruas desertas, poucos passos nas avenidas,

cada esquina esconde paixões e intrigas,

o frio sobre sua espinha

e uma densa névoa apaga seu rastro enquanto caminha

Nas sombras mais um vampiro ataca,

enquanto descança a cidade pacata;

quando há lua cheia, um lobisomen desperta,

e dentro das casas um coração se aperta

No silêncio e na escuridão condenados gritam;

em prisões de ossos e tijolos de terra habitam;

uma praia de sangue para seus filhos banhar

e estrelas caindo aos seus pés para o céu apagar

A noite jamais termina, assim como o sono dos inocentes,

uma vela que nunca apaga, com desejos ardentes;

a prefeitura suspira corrupção, as ruas respiram opressão,

as igrejas inspiram perseguição, "bem-vindo ao paraíso da escuridão".

Pablo Nunes
Enviado por Pablo Nunes em 14/01/2009
Código do texto: T1383809
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