SONHOS
Aparento ser livre,
Mas sou prisioneiro
De sonhos que ignoro.
Sonhos de um adeus
Que me separou do meu sorriso,
Do brilho dos meus olhos,
Da minha felicidade.
Sonhos que me fazem tropeçar
Quando deles tento me afastar.
Sonhos que embargam minha voz,
Que fazem desmoronar o mundo.
Sonhos de uma ausência infinita,
De uma presença constante.
Sonhos que me possuem,
E que me fazem confessar
Que a realidade de um adeus
Não é um adeus à realidade.