REMELENTA E CANELUDA

“NO TRÂNSITO À MERCÊ DOS SINAIS, meninos malabaristas em alegorias tristes. Quem anda a pé vai vendo famílias inteiras, sem emprego, morando nas calçadas, pedindo esmolas, escascaviando o lixo nas esquinas, afugentando os ratos nas noites." Trecho de uma contundente carta ao Presidente da República. (fonte: NET. Autoria não mencionada)

sinal vermelho

“remelenta e caneluda”,

fósforos

brinca e briga

sete anos?!

sete caixas!...

... tanques de guerra

percebe-me

fita-me

e dispara...

desfiado olhar

sem um só riso

de mim, desprevenido

sai só sorriso torto

torto, triste e culposo

culpa tardia?

tempo curto

sinal amarela

a avó varre a calçada

com varas da árvore

que os protege

canta!

no canto

uma caneca

esperando caFÉ

restos de comida

numa ex-lata

de doce

dura vida

que não perdura

e nem dá pé

sinal...

... e a vida curta e nua

Conti...nua... sem dar-se fé!

Escrevi esta poesia em 16jan/2009, pela manhã, ao passar pela rua Costa Barros - Aldeota - Fortaleza - Ceará.