Morto

Morto

Pelas dores que não são minhas

E me afligem.

Pelo gosto de desgosto e fuligem.

Pelo amargo da mão mesquinha

Por tudo que esconde as estrelas

E tanto me desalinha.

Aos versos inquietos e covardes,

Aos apelos fracos e sem sons,

Aos que morrem toda tarde,

E viram anjos ou demônios de néon.

Pela insanidade de hoje, eu te perdôo.

Pelo choro de amanhã eu te condeno,

Pela mesmice do caos eu te suplico,

Daí a mim do meu próprio veneno.

Tonho frança.

Tonho França
Enviado por Tonho França em 15/04/2006
Código do texto: T139732