EQUILÍBRIO

No ponto de chegada, no porto, no cais,

há o equilíbrio. Quando lá estando, faz

o impossível pra que a vida seja mais.

Quando nascestes, algum anjo fez do teu

ser ingrediente necessário, o qual dissolveu-se

de dor em dores, de soluços a dissabores.

Agora que nascestes, aquele mesmo anjo

sabia, que do castelo onde teu mar repousa,

viria, como aquela água do universo,

trazer a purificação dos teus olhares,

fazendo de ti, aquele monte que tudo vê,

porque tudo observa; aquela planta santa

que tudo cura, porque de tudo possui.

E não verás apenas o somente.

Enxergarás a vida com o olhar

mais-que-perfeito, absorverás

o azul do silencioso das nascentes.

Aquela flor, desesperadamente,

em sonhos do que sentes sem pensar;

o teu jardim que escorre para o mar,

e o chão, terás assim o amor nos entes,

nos céus, nas luas, nos seres diferentes,

nas margens divergentes.

23. IX. 08. Salvador, Ba.

Júlio Miguel
Enviado por Júlio Miguel em 24/01/2009
Código do texto: T1401461
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