Copo

Sou um copo

até a boca de lágrimas.

Sou movido a emoções.

Sou de todo emoções.

Sempre estou prestes

a transbordar de sensações.

Estou em busca de felicidade.

Vivo em busca da Morte

que deixasse saudade.

Alguém ao meu lado

preciso, para que deixemos

filhos e o amor, que pela vida sinto.

Um cigarro em punho

e a garrafa sob o suvaco.

A dissimulada fome

de viver sofrendo

do que morrer

sem ter sentido.

Portanto, canto o doce

sofrer de teu botão

róseo e sorridente.

Por isso, meu pranto

em alegria por te ver;

tua boca destacada em toda a face.

De joelhos,

teu perdão imploro.

Sei que sou errado,

por tentar acertar.

Perco-te dos meu braços,

por ter medo de perder-te.

Então, volte!

Sem pudores

ou com pudor,

prometo-te a felicidade

de tristes olhos;

inocentes como meu coração.

Sou um copo

na mesa de teu ser.

Pegue-o com cuidado.

Não esbarre,

nem se apresse,

pois o conteúdo pode derramar.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 26/01/2009
Código do texto: T1405081
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