Sobre sinos e rosas.

Dissipado o eco de outras vezes,

Em vozes dissolutas, libertinagem em dose razoável,

Não há razão ou segurança, o amor é disparate.

Sinos soam é a catedral (saudosos badalares sobre nós).

Sobre a entrega, rosas tartamudeiam violadas (mas as rosas não falam já dizia Cartola)

Despudoradas fragrantes. Teimam em perfumar o fim, como um anúncio, já murchas (mas ainda exaltadas).

Conturbados os dias de outras vestes,

Em gala, eu de smoking você de longo,

Valsando vislumbres de enamorados, o amor é disparate.

Sobre sinos e rosas em suma nada há,

Sobre nós, impureza, perdição,

Apenas desistência e punição.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 31/01/2009
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