Abandono e retorno

No fim da tarde somos sinceros com a natureza se ela se lembrar de nós, quando não lembra? deixa-se o tempo passar.

hoje teu sorriso virou mordida, tuas defesas? feridas... teus olhos, fogo e raiva....

não posso ser mais quem fui , reclamei da vida , acho que vou parar com isso e começar a refletir melhor.

vou dormir mais, e beijar meus pais como nunca, pois são os únicos que me aceitam como sou.....

quando eu fingia ser poeta, menti, é feio mentir? o que somos sem a mentira? sem a coisa escondida? tudo que existe é seu......

hoje reli uns livros antigos e me vi nas estradas de são petesburgo, não vou mais citar os autores, dizem que os copio, dizem que o que escrevo é só consequência e que não existo....

sabe o meu amor? aquele lindo e perfumado rio de lampejos amarelos, de tesão e risos, o calor quente dos caminhos secretos e o balbuciar de palavras tremidas ao pé do ouvido, me abandonou.....

abandonados estamos, abandonados seremos, mas a trilha pra voltar pra casa, continua desenhada.

rdeorristt
Enviado por rdeorristt em 05/02/2009
Código do texto: T1423942
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