ALMAS EM DESALENTO

Acabou-se o encanto.

O clima de magia se desfez.

As palavras se destoaram

E a voz que se declarava

Já não sai mais da garganta.

Acabou-se o encanto:

Por isso, as almas choram

Vivem hoje em dasalento,

de ficar juntas ignoram.

E se uma ergue o olhar...

a outra fica cabisbaixa.

E no momento de alegria...

Quando uma solta o riso,

a outra se banha em lágrimas.

Acabou-se o encanto:

Se uma delas passeia pelo espaço,

sentindo a euforia de passear...

A outra insiste em na terra ficar

e ver de perto quem ela deseja.

Sentir o cheiro e dele se enebriar.

E quando as duas tentam se juntar

Ouve-se trovões...

e relâmpagos vindos do céu.

As nuvens em chuva se faz

e a terra em sua imensidão

a recebe para a vida continuar.

Mas as almas em desalento

Se afastam de vez, uma da outra

Sem sonhos, esperanças e ilusões...

Sem se suportarem...

Viverão para sempre separadas.

06/02/2009

Sonia Barbosa Baptista

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 07/02/2009
Reeditado em 22/02/2010
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