Anjo Negro

Saudai, ó mães,

o Anjo Negro

que arrebata a moral

e destrói as verdades

de vossas crianças!

Passa por céus de mentiras

e caga no topo

de toda a hipocrisia

alimentada através do medo.

Não é filho de deus,

nem nada tem com o capeta.

Só ele é uno

e perfeito estado de liberdade.

Procria ele,

vá (!), não te aborreças anjo.

O atrito e o tesão,

rasgando a máscara

nos olhos soturnos e

misteriosos em coração único.

Que é isso

que as asas do anjo quebra?

Coisa é essa; de deus

ou do capeta? -

Talvez dos homens.

Faz o anjo errar;

o curso não é esse,

a prisão não é o caminho.

Não há algemas.

Amor somente,

independente de bem

mal, ou qualquer falso

acerto dos pássaros gordos

e brancos da noite vazia.

Sou o Anjo Negro

que as mães odeiam

e os pais tentam compreender.

Uma criança ingênua

das maldades

e sempre presente

no que dizem não ser correto.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 08/02/2009
Reeditado em 08/02/2009
Código do texto: T1428184
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