não-ser
os olhos pesam,
a cabeça dói,
e o corpo se arrasta para o abismo que a minha própria mente produziu...
e eis que meus temores regem
a maior vontade do meu não-ser
e eu não devo ser, pois sendo,
eu existiria
e não existo porque não sou...
me afundo no abismo que atravessa
os pensamentos e os almejos
que atravessam essa coisa minha que chamam de vida...
e os olhos pesam, e esta coisa talvez durma
mas não sonha porque o sonho é só digno de seres
e se eu não sou, logo eu coisa não sou digno de sonhos...