Sonhos de insônia

Tem vezes que eu ouço o silêncio

Instantes singulares

De desprezo, de avareza

Medo que aflorece

Não sei do que, não sei de que

Acordo assustado,

Sem ao menos saber onde estou

A respiração ofegante é ritmada

Percepções tornam-se equivocadas

Regenero pensamentos velados

Intensifico o sentimento

Me sinto como nunca imaginei

Meu tempo já não se mede em segundos

Cortinas abraçam o vento

A noite bela, infinita

Tange com seu cheiro meu abísmo

Rumando meu interior, fecho os olhos

Ilusão, credo, decepção

O sono apaga a memória inata de uma vida obscura

Outro dia nasce enquanto a insônia debuta.