ELUCIDAÇÃO DETALHADA DA POESIA "CHÁ CHÁ CHÁ DE CHARLES CHAPLIN..."
De: Fernando Peltier – Autor da poesia e Diretor Teatral
Para: Giovanna Pinho, Atriz que vai interpretar a mesma poesia. Direção à distância, via net. A 1ª vez que realizo essa façanha de dirigir à distância. Tivemos 2 horas de ensaio para 3 poesias minhas e foi sensacional a apresentação dessa super-atriz jovem, que ainda se inicia. Gica foi minha aluna eventual aos 14 anos no Colégio Pitágoras e em seguida na minha Escola de Arte em Serrinha.
1ª ESTROFE:
"Tomo chá de Charles Chaplin e vou por aí
batendo no ar calcanhares,
que nem Carlitos...
Ouço acordes das cordas vocais
de um passarinho, não grito!
Desperto pra dentro de mim...
Estou sozinho no infinito."
batendo no ar calcanhares,
que nem Carlitos...
Ouço acordes das cordas vocais
de um passarinho, não grito!
Desperto pra dentro de mim...
Estou sozinho no infinito."
ELUCIDAÇÃO:
É como se uma poção mágica, um chá que se toma, o autor “incorpora” Carlitos, personagem de cinema mudo criado por Charles Chaplin, que o consagrou. Daí, sair por aí saltitando, pinoteando e batendo no ar os calcanhares, girando a bengala numa das mãos, pela preciosidade sensível ele ouve os passarinhos a cantar, tudo em silêncio e apesar dessa emoção de ser Carlitos, ele não grita pra fora, mas desperta, dá o seu grito pra dentro de si, do seu interior e se sente sozinho na imensidão com essa sua sensibilidade única!
É como se uma poção mágica, um chá que se toma, o autor “incorpora” Carlitos, personagem de cinema mudo criado por Charles Chaplin, que o consagrou. Daí, sair por aí saltitando, pinoteando e batendo no ar os calcanhares, girando a bengala numa das mãos, pela preciosidade sensível ele ouve os passarinhos a cantar, tudo em silêncio e apesar dessa emoção de ser Carlitos, ele não grita pra fora, mas desperta, dá o seu grito pra dentro de si, do seu interior e se sente sozinho na imensidão com essa sua sensibilidade única!
2ª ESTROFE:
“Cheiro uma prima-flor matutina
de púrpura cor, pequenina...
Depois, eu a como
pétala por pétala,
gomo por gomo...
Deixo rolar uma lágrima
pra brindar a sobremesa
gravito a gravidade,
grávido de amor
prenhe de toda leveza,
ávido de toda pureza.”
de púrpura cor, pequenina...
Depois, eu a como
pétala por pétala,
gomo por gomo...
Deixo rolar uma lágrima
pra brindar a sobremesa
gravito a gravidade,
grávido de amor
prenhe de toda leveza,
ávido de toda pureza.”
ELUCIDAÇÃO:
Carlitos aparece num filme, provavelmente com muita fome e apaixonado come as pétalas de uma flor, uma rosa, com uma naturalidade fantástica, não que comer pétala de flor seja anormal, sabe-se que não, mas é pouco comum. E de emoção deixa uma lágrima rolar e ele a toma cuidadosamente com os dedos, eleva à sua frente como que taça a brindar e bebe como se fosse um precioso vinho, após a imaginável sobremesa. Ora para o nosso personagem tudo ocorre no seu próprio imaginário. No campo do imaginário nada se proíbe, tudo é permitido. Ele está pleno e utiliza a gravidade como se estivesse mesmo literalmente grávido de amor com toda a leveza da sua pureza.
3ª ESTROFE:
“E à tardinha, não por acaso,
despenco qual viaduto,
sereno, criança e adulto,
mergulho e flutuo
no arrebol do ocaso
assim me dou tempo,
revejo meu prazo...
E aprazo o prazer de ser gajo!
Gozo volátil na vida, assim ajo...”
despenco qual viaduto,
sereno, criança e adulto,
mergulho e flutuo
no arrebol do ocaso
assim me dou tempo,
revejo meu prazo...
E aprazo o prazer de ser gajo!
Gozo volátil na vida, assim ajo...”
ELUCIDAÇÃO:
Que nem a música de João Bosco diz: “caía a tarde como um viaduto e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos...” Eu digo que não por acaso à tardinha como um viaduto que vem do nível do solo e sobe arquitetonicamente faz-se passarela e torna a despencar até novamente, o solo e ele, Carlitos, representado pelo ator que declama a poesia entra (mergulha e flutua) no clima da tardezinha super-amena e muito colorida, que é “o arrebol do ocaso”. Um prazer, uma satisfação incrível de quem voa, nem que seja no espaço aéreo dos seus próprios sonhos...
4ª ESTROFE:
Me sinto sujeito bacana
não tenho problema de grana,
porque não a tenho.
Tão pouco me sinto perplexo,
não sofro problema de sexo,
virei anjo...
Ah, isso de anjo,
até que eu manjo!
No mais...
Deixo o meu amplexo
para quem não entender o meu nexo.
não tenho problema de grana,
porque não a tenho.
Tão pouco me sinto perplexo,
não sofro problema de sexo,
virei anjo...
Ah, isso de anjo,
até que eu manjo!
No mais...
Deixo o meu amplexo
para quem não entender o meu nexo.
ELUCIDAÇÃO:
Diante de tantos estados de sublimação, ele se vê e se sente um grande sujeito, que não tem muitos problemas, grana, também é problema, principalmente para quem tem grana: a falta de segurança, limites dentro desse esquema de insegurança, etc... Carlitos é moribundo, quase um mendigo, mas vive porque aprendeu a viver sem “grana” e nunca terá os problemas de quem tem muita ou pouca grana. De tão sublime podemos considerá-lo um anjo, de tão sozinho, nem sabe o que é sexo...
Sobre “ah, isso de anjo, eu até manjo”, é o autor, Fernando Peltier se colocando também no lugar do personagem Carlitos, porque a sua lida é foi e sempre será com crianças inocentes, verdadeiros “anjos”...
Por fim, o autor, também em nome do personagem Carlitos e de seu criador, Charles Chaplin deixa o seu amplexo – abraço! Para quem não entender o seu nexo - o sentido, do que ele(s) quis(eram) dizer aos leitores da poesia!
Serrinha, 15 de fevereiro de 2009, enviado por e-mail para Giovanna Pinho, a atriz que declamará “CHÁ, CHÁ, CHÁ... DE CHARLES CHAPLIN” na Jornada Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Araci, Bahia, dia 18/02/2009, às 17 horas.
Diante de tantos estados de sublimação, ele se vê e se sente um grande sujeito, que não tem muitos problemas, grana, também é problema, principalmente para quem tem grana: a falta de segurança, limites dentro desse esquema de insegurança, etc... Carlitos é moribundo, quase um mendigo, mas vive porque aprendeu a viver sem “grana” e nunca terá os problemas de quem tem muita ou pouca grana. De tão sublime podemos considerá-lo um anjo, de tão sozinho, nem sabe o que é sexo...
Sobre “ah, isso de anjo, eu até manjo”, é o autor, Fernando Peltier se colocando também no lugar do personagem Carlitos, porque a sua lida é foi e sempre será com crianças inocentes, verdadeiros “anjos”...
Por fim, o autor, também em nome do personagem Carlitos e de seu criador, Charles Chaplin deixa o seu amplexo – abraço! Para quem não entender o seu nexo - o sentido, do que ele(s) quis(eram) dizer aos leitores da poesia!
Serrinha, 15 de fevereiro de 2009, enviado por e-mail para Giovanna Pinho, a atriz que declamará “CHÁ, CHÁ, CHÁ... DE CHARLES CHAPLIN” na Jornada Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Araci, Bahia, dia 18/02/2009, às 17 horas.