Olhares de Serpente
Angélica T. Almstadter
Dentro dos teus olhos atrevidos;
Moram meus sonhos aquecidos.
Na boca ansiosa de teus beijos;
Moram meus infinitos desejos.
Não me provoque a libido;
Perco o senso e o sentido,
Vou muito além do infinito
E me provarás em cada grito...
Mas se apostas na eternidade,
Nas esperanças sem saudade;
Dentro dos meus braços amantes
Nada, nunca, será com antes.
Teus olhos cruelmente indescentes;
Se fartarão nos verdes atraentes
Do meus, docemente bandidos;
Donde nunca mais serão banidos...
E no abraço das horas vertentes,
Onde nos enlaçamos qual serpentes;
Fundimos nossa essência audaz
Afogando a nossa sede voraz.