Salvaguardas

Das trincheiras de amor e dor

onde eu constantemente luto

não há salvo-conduto

e sem ter salvaguardas

a desertar eu reluto

mesmo sabendo que me aguardas

e que tardas em aceitar que eu nunca volte!

O destino e a razão

não me dão salvaguardas...

E te imploro que me soltes

pra que voltes à vida

que eu não volto, querida

ao teu colo e ao teu seio!

Não existe outro meio!

Há que ser despedida...

Ou que um lampejo de lucidez

me permita que eu volte

a te ver mais uma vez!

Não, não há salvaguardas

e eu resisto, cansado,

porque a morte ainda tarda

quando — anjo — me guardas

para ser resgatado

e morrer ao teu lado!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 17/02/2009
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