Aqui acorda tem gente
Vim pra lá do sertão
Da terra seca sem chuva
Da briga com vida
Lutando dia a pós dia
De pés no chão
Moro na casa de barro
Sem corforto nem pão
Na mesa a poeira
De porta entre aberta
Vendo o pó do sertão
Nas mãos calos da luta
Suor que escorre na testa
Lágrima do cansaço
Da chuva de céu
Que parece nunca ter pressa
Lá vem mais um dia
E canto meu encanto
Pedindo a meus santos
Que a terra germine
Em todos os cantos.