Aqui acorda tem gente

Vim pra lá do sertão

Da terra seca sem chuva

Da briga com vida

Lutando dia a pós dia

De pés no chão

Moro na casa de barro

Sem corforto nem pão

Na mesa a poeira

De porta entre aberta

Vendo o pó do sertão

Nas mãos calos da luta

Suor que escorre na testa

Lágrima do cansaço

Da chuva de céu

Que parece nunca ter pressa

Lá vem mais um dia

E canto meu encanto

Pedindo a meus santos

Que a terra germine

Em todos os cantos.

Menina da Borboleta
Enviado por Menina da Borboleta em 26/02/2009
Reeditado em 01/04/2009
Código do texto: T1459204
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