Poesia derradeira

No meu evangelho de solidão,

Ganho as violetas do jardim

E enquanto caio dentro de mim

Busco na sepultura inspiração.

Uma última diversão, e fria,

Que seja como que uma espada

Em minha alma corcunda e pálida.

Um verso, mesmo que adverso

No qual eu finja ser poeta

Pra não morrer em agonia.