Momentos insanos...
Triste sentimento que
Me absorve o gosto
Amargo de um trânsito
Desgovernado e febril
Dimensão tamanha de
Um gesto desesperado,
Tentativa fugaz de ultrapassar
O sinal fechado
Pontes em ruínas
Dentro de um eu incauto
Parasita de momentos
Insanos, sublimes...
Arquitetura de gelo
Celebrando o fogo
Que costuma arder
Na inquietude de praças mortas
Janelas fechadas, engradadas
Caminhos descalços
Absorvidos em mares
Insanos, pérfidos, perfeito...
Paisagem que se perde
Na lucidez presente
De uma memória ausente
Multada, dormente...
Pedaços da noite
Atormentando a escuridão
Sensação tamanha revirando
As entranhas do alvorecer
Louca busca do esquecimento
Caminho inútil de uma estrada sem fim
Imagens distorcidas perdidas em mim
Febre...fogo...
Olhos de cetim.