Volúpia!

Deixo-te enroscar- se,

Nos caracoes dos meus cabelos,

No desejo de sentir o teu cavalgar.

Fazendo deles teu arreio.

Sentir teu mergulho sem medo,

Na minha ânsia mais profunda.

Ter teu olhar a queimar-me,

Enquanto admirado devoras,

Todas as minhas curvas.

Deixo-te, apossar-te de mim.

Recompensando meu olhar,

Ao ver-te lânguido... Disperso,

Enebriado, emfeitiçado, enfim...Confesso!

Dominado por mim.

Fascinado por minha nudez,

Gemendo... Sorvendo os beijos que te dou,

E são tantos de uma sò vez...

Apressados, aflitos,

Intercalados por juras,

Presentes, futuras... Digo-te tantas loucuras!

Absorvendo teu calor,

Dou-lhe todo o meu ardor.

Deixo-te, saborear meu corpo.

Faço minha língua na tua enroscar.

E vejo o desejo estampado,

No teu láscivo olhar.

Deixo-te me possuir...

Só para sentir, o tremor de tuas mãos.

Ao entragar-me inteira,

Sussurrando a teus ouvidos,

Palavras suaves, ousadas besteiras.

Reparto com você minha luxúria,

Meu sexo, minha libido.

Colo tua boca ao meu umbigo...

E seguindo o instinto,

Tua língua me invade,

Me leva ao delírio...

Tua boca descendo, querendo,

Me fazer derreter,

Só para sorver meu prazer!

Deixo-te, minha nádegas morder.

Deliciando-me com teu tesão...

Boca gulosa, profana,

Por vezes lenta... Outras voraz, insana!

Em meu corpo a passear,

Minha pele a queimar,

Na fogueira do teu desejar.

Deixo tua língua, descobrir, percorrer,

Minusiosa no agir,

A lamber, degustar, sentir...

Aturdiando minha razão, me desfaço dos receios,

E te entrego meus seios.

Deixo-te, taterar, apalpar...

Buscando satisfazer minha paixão,

Grava teu selo onde passa aflita a tua mão...

Há, tua mão, me mata por antecipação,

Eu me torno toda emoção!

Deixo-te, tocar meus cantos e recantos secretos.

Chegando assim ao desfeche gostoso,

No ápise do meu gozo...

A transbordar em tua boca,

Qual rio para o mar... ansiosa, excitada,

Minha vulva úmida, papita.

E sorves meu mel... misturando com tua saliva.

Exala um cheiro, de sexo no ar...

Meu corpo é teu farto manjar.

Deixo-te, deixar...

As marcas do teu desbravar.

Como artista em tela nua,

Erótico, exótico, criando arte,

Cravando os dentes,

Em minha pele quente.

Fazendo do teu corpo meu céu,

Enfim, deixo-te fazer o que quiser,

Permito tudo a você,

Só te pedindo amor,

Me faz desfalecer de prazer?

Observadora
Enviado por Observadora em 29/04/2006
Reeditado em 29/04/2006
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