Tu já não és

Vamos, se é o que queres,

Prossigas.

Já carregastes meu vigor

Meu sono, meu pranto

Colocastes um ponto,

Nas frases que ainda seriam escritas.

Colocastes um fim,

Nas palavras a serem ditas.

Eis que sou teu prisioneiro,

Mas és também tu.

Meus sonhos, são andantes, voantes,

Não desfalecem aqui,

Eu, ainda sou.

Mas de ti, furtaram os sonhos

Te roubaram,

O que tu és aprisionaram,

Tu, já não és.

Brigida Bezerra
Enviado por Brigida Bezerra em 08/03/2009
Reeditado em 09/03/2009
Código do texto: T1476421