POESIA SOLIDÃO

Por que mora aqui

uma solidão

dona

que nunca se vai?

Uma solidão

residente na memória

lembrança do que foi

Uma solidão prudente

medrosa com morada

no virá...

insólito

irrisório

pensamento

de todo momento

mesmo enquanto

acompanhado

ou ilhado pelo

encanto cosanguineo

de minha gen

ou da grande família

mangueirinha

E até mesmo

de minha poesia vã

solidão humana

solidão física

solidão etérea

solidão poética

Urge o tempo

e falta o encontro

cala a satisfação

e nem a ilusão

alimenta, seduz

o centímetro inefável

de minha solidão

Sylvio Neto

Sylvio Neto
Enviado por Sylvio Neto em 04/05/2005
Código do texto: T14770